O governador Ronaldo Caiado (UB) esteve no Senado Federal no último sábado, 1°, a fim de prestigiar a escolha do novo presidente da Câmara Alta, o senador Davi Alcolumbre (também do UB). Na ocasião, Caiado falou de articulações nacionais do partido, reafirmou o lançamento de sua pré-candidatura à Presidência da República e falou sobre o Programa de Pleno Pagamento de Dívidas dos Estados (Propag).
No início de sua fala, Caiado, que também foi senador e deputado federal, relembrou os 20 anos que passou como parlamentar e parabenizou o colega de partido pela vitória. “Atingir 73 votos num plenário de 81 é realmente um quadro inédito”, reforçou o amplo apoio de Alcolumbre.
Na ocasião, Caiado também destacou o apoio do União Brasil à candidatura de Hugo Motta (Republicanos) na Câmara dos Deputados. “Que ele [Motta] realmente faça o parlamento voltar ao que era: a certa beleza do debate, do regimento, do plenário, das comissões…”, disse Caiado. O presidente estadual do UB fez críticas ao voto eletrônico que, para ele, “de certa maneira, dissolve a importância do plenário em si”. O governador também elogiou a articulação que levou Pedro Lucas à liderança do UB na Câmara Baixa.
Propag
Respondendo aos jornalistas, Caiado faz apelo pela aprovação do Propag e reforça suas críticas à postura do Governo Federal. O Chefe do Executivo goiano enxerga nas políticas de Lula uma forma de retirar poder dos estados e concentrá-los nas mãos da União, e o Propag seria instrumento para combater esse movimento.
“Uma dívida corrigida pela Selic, ninguém suporta. Você está pagando a parcela e o seu endividamento está aumentando ainda mais”, o governador argumenta pelo regime próprio para pagamento da dívida dos estados. Caiado clama por mobilização dos senadores: “é preciso que tenhamos aqui uma ampla maioria na Câmara e no Senado Federal, para nós podermos avançar”.
O antigo senador critica as medidas adotadas pelo Ministério da Fazenda na Reforma Tributária, que, para ele, toma autonomia dos estados ao criar um conselho gestor em Brasília com autonomia para interferir nos orçamentos estaduais. Para ele, a medida interfere diretamente na boa gestão das unidades da federação, já que limita a liberdade orçamentária e, consequentemente, afeta na capacidade de investimento dos estados. “Você vai ficar dependendo de mesada, de um conselho gestor de Brasília?”, questionou o governador.
“Só em Goiás, eu estou perdendo a oportunidade de poder ampliar o teto de gastos do meu Estado em 3 bilhões de reais”, exemplificou.
Apesar de já ter sido aprovada no Legislativo e sancionada por Lula, a pauta ainda espera regulação do Ministério da Fazenda, para que os estados possam então se adequar às novas medidas.
2026
Na fala pública aos senadores, o governador de Goiás anunciou o lançamento de sua pré-candidatura a presidente da república. “Dia 28 de março, meu pré-lançamento na cidade de Salvador, onde vou receber o título cidadão baiano e já vou dar partida na minha pré-candidatura à presidência”, anunciou o início da agenda em todo território nacional.
Fonte: Jornal Opção
