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FAB intercepta mais de 3,3 mil aeronaves invasoras em 5 anos no Brasil

A Força Aérea Brasileira (FAB) interceptou 3.382 aeronaves de 2020 a 2024. A estatística repassada ao Metrópoles mostrou que o número já foi maior, mas acabou estabilizando nos últimos três anos.

A interceptação é realizada sempre que um veículo aéreo ingressa no espaço brasileiro sem o devido plano de voo autorizado. O procedimento inclui vários tipos de ações, desde um simples acompanhamento até o abatimento e/ou a destruição do avião ou helicóptero.

A estatística oficial obtida pelo Metrópoles mostra que, em 2020, houve 3.382 interceptações. O ano com maior número de ações do tipo foi 2021, com 1.147 casos. Já 2023 registrou o menor número de interceptações: 404. Em 2020, foram 984 interceptações. Os anos de 2022 (435) e 2024 (412) encerram o quinquênio.

Veja quadro com número de interceptações:

Imagem colorida de aviões

Arte/Metrópoles
“Considerando o período de 2020 a 2024, houve situações em que foi necessária a aplicação da Medida de Policiamento do Espaço Aéreo (MPEA) Tiro de Detenção. Contudo, ressalta-se que o fato de haver a aplicação da Medida de Destruição em face de uma aeronave não significa que a mesma foi abatida”, diz trecho da resposta da FAB ao Metrópoles.

Na interceptação mais recente divulgada pela FAB, houve a derrubada de um avião de pequeno porte. A instituição divulgou que a aeronave voava no Brasil, nas imediações da fronteira com a Venezuela, na terça-feira (11/2), quando houve a ação. Mesmo após uma série de avisos, houve desobediência, o que resultou no abatimento da aeronave. No caso, dois tripulantes do avião invasor morreram e foi constatada a carga de drogas com vistoria feita pela Polícia Federal (PF). A quantidade não foi informada pela FAB.

Veja vídeo de avião derrubado:

https://cdn.jwplayer.com/players/PXS0I1px-65fVsHCx.html

Em outro caso recente, um avião de pequeno porte foi interceptado no dia 2 deste mês. A aeronave vinha do Peru e entrou clandestinamente no espaço aéreo do Brasil. Após os avisos “progressivos” da FAB, o avião intruso realizou um pouso forçado a cerca de 80 km de Manaus. Quando os agentes chegaram ao local da descida, os ocupantes haviam fugido pela mata e a aeronave estava em chamas, mas, mesmo assim, foi possível verificar que havia cerca de 500 kg de drogas: maconha e haxixe.

Protocolo da FAB

A interceptação de aeronaves segue um regulamento, que foi documentado pelo Decreto nº 5.144, de 16 de julho de 2004, assinado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva ainda no primeiro mandato dele. O procedimento deve ser aplicado a veículos aéreos considerados suspeitos de tráfico de drogas. O critério para essa classificação é que eles ingressem no espaço aéreo do Brasil sem plano de voo aprovado e omitam a identificação.

“As medidas de persuasão seguem-se às medidas de intervenção e consistem no disparo de tiros de aviso, com munição traçante, pela aeronave interceptadora, de maneira que possam ser observados pela tripulação da aeronave interceptada, com o objetivo de persuadi-la a obedecer às ordens transmitidas”, diz trecho do decreto.

O desrespeito às orientações da FAB implica a classificação da aeronave como “hostil”. Isso faz com que ela esteja “sujeita à medida de destruição”. A última medida, que é a mais agressiva, no entanto, carece de autorização do comandante da Aeronáutica.

Caso aconteceu na manhã de terça-feira (11/2)
De acordo com a FAB, avião era de origem venezuelana
A ação contou com a participação da Polícia Federal

“A medida de destruição consiste no disparo de tiros, feitos pela aeronave de interceptação, com a finalidade de provocar danos e impedir o prosseguimento do voo da aeronave hostil e somente poderá ser utilizada como último recurso e após o cumprimento de todos os procedimentos que previnam a perda de vidas inocentes, no ar ou em terra”, diz trecho do procedimento da FAB.

A FAB também esclareceu ao Metrópoles que a verificação do transporte de drogas é realizada pela Polícia Federal (PF) ou por polícias militares dos estados.

Fonte: Metrópoles

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