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Feira de saúde quer unir população contra o diabetes

Cerca de 3 mil pessoas são aguardadas no sábado (23), no Ginásio Rio Vermelho, para a Feira de Saúde e Atenção à Pessoa com Diabetes, um evento aberto à sociedade, organizado pela Secretaria de Estado da Saúde (SES-GO) em parceria com várias instituições. Trata-se da campanha “Goiás Unido contra o Diabetes”, que será realizada das 8 horas ao meio-dia, dentro do mês de conscientização para a doença que leva a males cardiovasculares, a condição que mais mata em todo o mundo. No ano passado, a pesquisa Sistema de Vigilância de Fatores de Risco de Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico (Vigitel), do Ministério da Saúde, mostrou que o diabetes teve aumento progressivo desde 2019 e atingiu 10,2% da população brasileira em 2023. “O diabetes aumenta o risco de mortalidade cardiovascular e de complicações agudas e crônicas. Essas complicações são graves, ameaçam a vida e demandam tratamento hospitalar, na maioria das vezes em ambiente de terapia intensiva”, explica o secretário adjunto da SES, o endocrinologista Sérgio Vencio.

Aliaram-se à SES-GO para realizar a Feira de Saúde e Atenção à Pessoa com Diabetes: o Centro de Referência em Oftalmologia (Cerol), o Hospital das Clínicas e a Liga Acadêmica de Diabetes da Faculdade de Medicina, todos da Universidade Federal de Goiás (UFG); a Fundação Banco de Olhos de Goiás (Funbog); e a Liga Acadêmica de Diabetes. O paciente poderá fazer um teste instantâneo de glicemia no Centro de Atenção ao Diabetes (Cead), unidade situada dentro do HGG (PUC-GO). O Centro Estadual de Atenção ao Diabetes (Cead), do Hospital Estadual Dr. Alberto Rassi (HGG), vinculado à SES-GO, estará presente com equipe reforçada.

Sérgio Vencio lembra que a campanha “Goiás Unido contra o Diabetes” tem caráter voluntário. Ele estima que 500 acadêmicos estarão na feira para realizar os atendimentos. A estratégia dos organizadores é que as pessoas, ao chegarem ao ginásio, tenham o fundo de olho examinado. Caso haja alteração, uma das complicações do diabetes, o paciente será encaminhado para outra área, onde haverá uma equipe multidisciplinar pronta para realizar uma série de avaliações oftalmológicas, do pé diabético, renais, coleta de sangue, exame físico, ecodoppler das carótidas e eletrocardiograma. A pessoa também será apresentada a uma mesa com alimentos adequados para quem tem diabetes.

Quem passar pelo crivo da primeira avaliação poderá aproveitar os diversos atendimentos previstos na feira, como dicas de nutrição, testes de glicemia e de pressão arterial, avaliação de risco para desenvolvimento de diabetes, fisioterapia, educação física e orientações em geral. Palestras e distribuição de panfletos constam da programação. O objetivo é que a população se conscientize da importância de adotar cuidados preventivos, realizar o diagnóstico precoce e tratar a doença, que pode levar à morte ou à cegueira.

O endocrinologista do Cead, Nelson Rassi, lembra que o diabetes é uma doença silenciosa e pode passar despercebida por quem não tem o hábito de fazer avaliação clínica regular. “Ela mostra as garras através das complicações, quando atinge órgãos-alvo. Muitas vezes, a pessoa só descobre quando a visão está turva, o pé está infeccionado ou quando tem um infarto.” Diretor da Sociedade Brasileira de Diabetes, o médico estima que entre 30% e 40% da população brasileira desconhece que possui a doença.

Crianças e adolescentes também têm diabetes

Em 2024, dentro do Novembro Azul, mês de conscientização para o diabetes, a Sociedade Brasileira de Diabetes (SBD) lançou uma campanha para que os pais reconheçam o diabetes mellitus tipo 1 (DM1), que afeta crianças e adolescentes. A estimativa é que o Brasil seja o terceiro país do mundo com maior ocorrência da doença. O DM1 é causado por uma deficiência de insulina em razão da destruição das células beta. Nos últimos dez anos, de acordo com a SBD, a prevalência do DM1 no Brasil aumentou 14 vezes, e a causa desse movimento epidemiológico é desconhecida. A grande maioria dos casos é identificada apenas quando a criança ou adolescente entra em cetoacidose diabética, quando os níveis de glicose e cetonas no sangue estão muito altos, precisando ser internada, correndo o risco de morte ou de sequelas. A sociedade ainda está acostumada a pensar no diabetes somente em adultos.

Na campanha divulgada em suas redes sociais, a SBD faz um alerta sobre os sinais que podem indicar o DM1 para que o diagnóstico seja feito de forma precoce: vontade de urinar várias vezes, sede constante, alteração do apetite (para mais ou para menos, dependendo da idade), perda de peso sem motivo aparente, visão embaçada e cansaço.

O Cead, que funciona no HGG, oferece atendimento especializado e sem nenhum custo, pois integra o Sistema Único de Saúde (SUS). Os pacientes que chegam ao local são encaminhados pela atenção primária e recebem atendimento multidisciplinar, com serviço de endocrinologia, enfermagem, nutrição, psicologia, fisioterapia, serviço social e podologia. Por recomendação médica, alguns deles podem passar por cirurgia metabólica para tratamento de diabetes tipo 2, procedimento realizado via videolaparoscopia. O HGG é a única unidade estadual a realizar esse tipo de cirurgia pelo SUS.

Fonte: O Popular

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