Recebi nesta quinta-feira (23) a ligação de um amigo reclamando que seu automóvel foi parar em uma oficina por causa de um suposto excesso de água no etanol que possivelmente está sendo vendido em postos de gasolina do Distrito Federal.
Segundo informações repassadas pelo motorista, o mecânico da oficina que recebeu o carro disse que está chegando muitos veículos com problemas causados pela suposta adulteração no combustível, o que não é nenhuma novidade em vários regiões do Brasil. Já existem casos de autuações de postos de combustíveis por causa de fraudes.
“Abastecemos o carro e viajamos para Goiânia. No meio do caminho, o veículo começou a dar problemas. Levamos em uma oficina em Goiânia e o mecânico foi taxativo: excesso de água no álcool. O carro da minha mãe também começou a dar problemas e levamos em uma oficina em Brasília que também não teve dúvida: excesso de água no etanol”, disse Bruno Xis (nome fictício da fonte que preferiu não se identificar).
A água está presente no etanol hidratado, que é o combustível usado em carros movidos a álcool. A quantidade de água é controlada e está dentro dos limites que os motores de veículos flex podem tolerar.
A quantidade de água no etanol hidratado pode variar de 6% a 7%. No entanto, em alguns casos, o etanol pode conter mais de 10% de água, o que acaba causando problemas no sistema de combustível e no motor dos veículos.
O órgão responsável por analisar a qualidade dos combustíveis no Brasil é a Agência Nacional do Petróleo (ANP). Denúncias sobre suspeita de adulteração de combustíveis podem ser feitas pelo telefone 0800 970 0267, de segunda a sexta-feira, das 8 às 20h.
Além da ANP, também é possível denunciar irregularidades em postos de combustíveis no Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (Inmetro), no Procon e no Instituto Combustível Legal (ICL).
(A matéria continua em apuração)
Fonte: Viver Política